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Deputado federal revela à Sputnik razão para criação do Grupo Parlamentar BRICS

Segundo deputado, embaixadores do BRICS cobraram a formação de um grupo Parlamentar para ampliar e aprofundar as pautas da relação multilateral entre os seus membros.
Sputnik

No ano da Cúpula do BRICS no Brasil, deputados e senadores do Grupo Parlamentar BRICS, criado em março de 2019, definem objetivos para o crescimento do bloco formado por 5 países – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

A pauta da representação contempla a criação de intercâmbios e de estudos relacionados aos países-membros nos mais diversos segmentos, que variam entre política, economia, ciência e tecnologia e cultura, explicou o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), presidente do Grupo Parlamentar BRICS, em conversa exclusiva com agência Sputnik Brasil.

Segundo ele, o grupo é composto por deputados federais e senadores, pois "o objetivo é ser um grupo do Congresso, e não somente da Câmara dos Deputados".

O deputado revelou que o grupo surgiu após uma "reclamação de embaixadores de que o BRICS estava parado".

​Considerando que este ano o Brasil sediará a cúpula do BRICS no mês de novembro, os parlamentares se mobilizaram para retomar as atividades e ampliar as relações entre os países-membros.

"O grupo está aí para tentar fortalecer mais ainda o andamento dessas reuniões e desses propósitos de todos esses países que compõem o BRICS", declarou Miranda.

O deputado contou ter visitado a China este ano duas vezes, para se inteirar da situação no mercado asiático e que planeja agora uma visita para a Rússia, no próximo mês, para trocar experiências com o grupo parlamentar local, para entender "o que a gente pode esperar deles".

"Uma das agendas que nos estamos mais preocupados é exatamente a alegação de que nos não estamos tratando bem do propósito do grupo e, principalmente, da questão do banco criado pelo BRICS, que o Brasil em nenhum momento fez qualquer tipo de proposição", afirmou o parlamentar.

Segundo ele, em última reunião com ministro das Finanças da Rússia, o russo manifestou preocupação e informou que "o Brasil até agora não buscou nenhum recurso" com esse banco.

O político do DEM confirmou que o banco ainda não é conhecido por grande maioria dos brasileiros, mas espera que isso mude, agora que a instituição passará a ter uma representação em São Paulo.

​O papel do grupo parlamentar, para o deputado, é justamente essa: que a "população tome conhecimento do que é possível ser feito utilizando essa relação do BRICS", recorrendo aos projetos na área de cultura e empreendedorismo, além de "atuar em áreas mais carentes de recursos financeiros, como meio ambiente".

"Acho que a presença de uma sede [do bando dos BRICS] no Brasil vai ajudar muito", acrescentou.

Ele destacou que muitos encontros já estão marcados entre os parlamentares e que, até a cúpula do bloco, propostas concretas serão apresentadas aos líderes do BRICS.

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