"Quero observar que, regra geral, os países alvo de ataques híbridos são aqueles onde certas hegemonias ou países grandes e influentes têm alguns interesses. A Venezuela é um desses países, pois sua riqueza e seus recursos são de interesse para outras nações", destacou o general à margem de um fórum de segurança na cidade russa de Ufa.
Ao ser questionado se Moscou compartilhava sua experiência quanto a ameaças híbridas com Caracas, Fernández afirmou que claramente a "Rússia está envolvida".
"A Rússia é uma aliada importante para a Venezuela e, como estamos apelando para uma abordagem multipolar, essa abordagem nos permite ter muitos aliados", complementou.
Tensões constantes
O governo de Maduro vem acusando a Casa Branca de prestar ajuda à oposição e organizar uma campanha para sabotar a infraestrutura elétrica da Venezuela, causando uma enorme escassez de alimentos, água e assistência médica.
Washington também tentou entregar "ajuda humanitária" à Venezuela através da Colômbia, mas esses esforços foram reprovados pelos críticos como um meio de exercer pressão sobre Maduro e aumentar a dissidência entre as Forças Armadas bolivarianas.
As tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela pioraram depois que Washington apoiou abertamente o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, que se autoproclamou "presidente interino" na tentativa de destituir o atual presidente Nicolás Maduro.
Enquanto os EUA e seus aliados reconhecem Guaidó como líder venezuelano, outros países, como Rússia, China e Turquia continuam considerando Maduro como o único presidente venezuelano legítimo.