Na última quinta-feira (21) o jornalista Reinaldo Azevedo, em parceria com o site The Intercept Brasil, revelou um novo trecho de uma conversa entre o coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, com o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro.
De acordo com a publicação, uma crítica feita pelo ex-juiz Sergio Moro em diálogo com o procurador do Ministério Público Federal (MPF), Deltan Dallangnol, teria causado o afastamento de uma procuradora do MPF de audiência com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2017, no âmbito das investigações da operação Lava Jato.
Em nota publicada nesta sexta-feira (21), força-tarefa Lava Jato repudiou a publicação, classificando-a como "desrespeitosa, mentirosa e sem contexto".
"A força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR)vem a público repudiar notícia falsa sobre troca de procuradores em audiência do caso Triplex por meio de publicação rasa, equivocada e sem checagem dos fatos pelo blogueiro Reinaldo Azevedo", diz a nota.
A força-tarefa da Lava Jato defendeu que "a procuradora Laura Tessler seguiu e segue responsável por diversas investigações e ações criminais, realizando todos os atos processuais necessários, incluindo audiências, contando com toda a confiança da força-tarefa na sua condução altamente profissional, cuidadosa e obstinada no combate à corrupção".
"Além de desrespeitosa, mentirosa e sem contexto, a publicação de Reinaldo Azevedo não realizou a devida apuração, que, por meio de simples consulta aos autos públicos acima mencionados, evitaria divulgar movimento fantasioso de troca de procuradores para ofender o trabalho e os integrantes da força-tarefa", acrescenta a nota.
O site The Intercept Brasil tem publicado trechos de conversas em chat privado, na plataforma Telegram, entre o ex-juiz federal Sergio Moro e procuradores da Força-Tarefa da Operação Lava Jato. De acordo coma a reportagem do The Intercept Brasil, "essas conversas provam que Moro estava sugerindo estratégias para que os procuradores realizassem sua campanha pública contra o próprio réu que ele estava julgando".