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Amazônia vive sob 'pressão contínua', diz ambientalista

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem encontro marcado com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, para discutir a exploração da Amazônia. A agenda acontecerá em paralelo à Cúpula do G20, em Osaka, nesta semana. A Sputnik Brasil entrevistou um ambientalista para entender o futuro da maior floresta tropical do mundo.
Sputnik

O secretário-geral da ONG SOS Amazônia, Miguel Scarcello, afirmou à Sputnik Brasil que a floresta vive "sob pressão contínua" e que é preciso encontrar uma maneira de explorar a biodiversidade da região com respeito aos povos tradicionais. 

"Com a expansão das ocupações que estão sendo feitas hoje, serão abertas estradas, sejam elas vicinais, estaduais ou federais. Eu entendo que, e alguns pesquisadores já dizem isso a muito tempo, o asfaltamento das estradas são grandes vetores de desmatamento, esse para mim é um ponto preocupante."

Scarcello destaca que hoje o "arco do desmatamento" é a área que mais precisa de atenção. A região é formada pelo sul do Pará e Amazonas, o nordeste de Rondônia e o leste do Acre.

Ao anunciar o encontro com Abe, Bolsonaro afirmou durante uma transmissão por meio de sua página no Facebook que "ninguém quer destruir a Amazônia". "Isso é conversa para boi dormir, que o Brasil está acabando com a Amazônia. É só uma propaganda contra nós. O que eles querem, o pessoal lá de fora, e alguns traidores aqui dentro, eles querem é fazer com que a Amazônia seja internacionalizada. Enquanto eu for presidente pode ter certeza que não será", disse Bolsonaro. 

Segundo levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a Amazônia Legal teve 797 quilômetros quadrados de desmatamento em maio de 2019 — um aumento de 26% em relação a maio de 2018.

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