Insistência dos EUA em fechar portas estaria aumentando independência chinesa?

A guerra comercial afeta o setor tecnológico de ambos os países, mas também leva a China a depender cada vez menos dos EUA.
Sputnik

Como sabemos, a guerra comercial entre a China e os EUA se intensificou quando os norte-americanos decidiram elevar as taxas sobre os produtos chineses, além de incluir a empresa chinesa Huawei em sua lista negra, impedindo a compra, por parte da empresa, de peças e componentes de fabricantes norte-americanos.

Essa guerra comercial afeta diretamente o setor tecnológico de ambos os países, mas também mostra que a China depende cada vez menos dos EUA, afirma o portal Bloomberg.

Os fabricantes chineses de produtos tecnológicos dependiam dos EUA no que se refere à produção de processadores, chips e semicondutores. As empresas norte-americanas Intel e Nvidia dominam o mercado de processadores.

O fabrico de chips para a tecnologia de celulares é outro setor em que a China utiliza tecnologias dos EUA. Os produtores de smartphones como Xiaomi, Lenovo, Oppo e Vivo dependem dos produtos da Qualcomm californiana.

Por sua vez, a Huawei apresentou seu próprio chip baseado no projeto da empresa ARM Holdings, sediada no Reino Unido. No entanto, o fabricante britânico anunciou que seus produtos faziam parte da lista norte-americana e que os chineses não os poderiam utilizar.

Insistência dos EUA em fechar portas estaria aumentando independência chinesa?

Perante as dificuldades, a Huawei está cada vez mais independente e já produz ao menos 68% de seus próprios processadores e modens. Mesmo assim, a Huawei tem sido um comprador ativo de chips norte-americanos para computadores.

Além disso, os computadores com o sistema operacional Windows da Microsoft continuam sendo os mais populares entre os chineses.
Já com relação aos smartphones, nem todos os serviços da Apple funcionam na China, Entretanto, a empresa norte-americana oferece muito empregos, pois fabrica grande parte de seus produtos no país asiático.

Por outro lado, os fabricantes chineses não dependem muito do sistema operacional Android, desenvolvido pela Google, já que na própria China utilizam o sistema sem os serviços da empresa norte-americana, necessitando do suporte da Google apenas para o resto do mundo.

Com relação aos outros setores, pode-se dizer que a China é praticamente independente, já que tem seus próprios serviços de nuvem, buscadores, redes sociais e serviços de comércio eletrônico.

No caso dos serviços de e-commerce, a norte-americana Amazon não chega a 1% do mercado chinês, setor que é dominado pela chinesa Alibaba e JD.com.

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