Israel pediu aos países europeus que sancionem o Irã, enquanto a Rússia manifestou pesar, mas disse que a medida foi consequência da pressão dos EUA.
A Grã-Bretanha pediu a Teerã "que evite qualquer passo adiante" do acordo histórico e a ONU disse que o Irã deve manter seus compromissos sob o acordo.
"O Irã ultrapassou o limite de 300 quilos com base em seu plano", anunciou em maio o ministro das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, à agência de notícias semi-oficial ISNA.
Os Estados Unidos se retiraram do acordo nuclear no ano passado e voltaram a aplicar sanções contra o importante setor de petróleo do Irã.
Teerã, que tentou pressionar os Estados remanescentes para salvar o acordo, anunciou no dia 8 de maio que deixaria de respeitar o limite imposto ao seus estoques de urânio enriquecido e água pesada.
O Irã também ameaçou ir mais longe e abandonar mais compromissos nucleares, a menos que os parceiros restantes — Grã-Bretanha, China, França, Alemanha e Rússia — ajudassem a contornar as sanções, especialmente para vender seu petróleo.
Em outro comentário, Zarif insistiu que o Irã não fez nada de errado. No Twitter, Zarif afirmou que a medida não significa uma violação do acordo nuclear e disse que Teerã irá reverter sua posição assim que os países europeus do pacto "cumpram suas obrigações".
A Agência Internacional de Energia Atômica confirma que os iranianos violaram os limites do acordo nuclear.