"Os membros do Conselho de Segurança condenaram o ataque ao centro de detenção (de imigrantes) nos arredores de Trípoli realizado em 2 de julho, no qual 53 pessoas morreram e mais de 130 ficaram feridas", informou o comunicado do CS da ONU.
O documento acrescenta que no Conselho de Segurança reitera "a necessidade de todas as partes reduzirem urgentemente o nível de tensão e cessar o fogo".
"Uma paz duradoura e estabilidade na Líbia só serão possíveis graças a uma solução política", destaca o documento.
Além disso, o Conselho de Segurança da ONU pediu aos países membros da organização que não intervenham no conflito na Líbia.
"Os membros do Conselho de Segurança ressaltaram a importância da soberania, independência e integridade territorial da Líbia e pediram a todos os Estados membros que não intervenham no conflito e evitem medidas que o agravem", destacou a mensagem do órgão.
O Governo do Acordo Nacional, com base em Trípoli, reconhecido pela ONU, acusou as tropas do Exército Nacional da Líbia, controladas por Khalifa Haftar, de atacar o centro de detenção em Tajura, a leste de Trípoli.
Já o Exército Nacional da Líbia nega o seu envolvimento no ataque, acusando os grupos controlados pelo Governo do Acordo Nacional de estar por trás do bombardeio.
Em 3 de julho, o enviado especial do secretário-geral da ONU para a Líbia, Ghasan Salamé, classificou o ataque aéreo como um crime de guerra.
O Governo do Acordo Nacional está atualmente operando em Trípoli, reconhecido como legítimo pelo Conselho de Segurança da ONU e presidido por Fayez al Sarraj.
No entanto, este Executivo não é considerado legítimo pela Câmara dos Representantes, um parlamento unicameral baseado na cidade de Tobruk, com o seu próprio governo e apoiado pelo Exército de Haftar.
Em 4 de abril, Haftar iniciou uma ofensiva contra Trípoli para "libertá-la de terroristas".