Trump chama caça F-22 fora de produção de 'novinho em folha'

Ao comentar o poder militar dos EUA, o líder norte-americano Donald Trump chamou o caça F-22, que está fora de produção há oito anos, de "belo e novinho em folha".
Sputnik

"Por mais de 65 anos, nenhuma força aérea inimiga conseguiu matar um único soldado americano porque os céus pertencem aos Estados Unidos da América", disse Trump durante o discurso do Dia da Independência dos EUA (4 de julho) denominado por ele de "Saudação à América".

"Você está prestes a ver os belos e novinhos em folha F-22 Raptors da base aérea de Langley, na Virgínia, e um magnífico bombardeiro furtivo B-2 da base de Whiteman, no Missouri", acrescentou o líder americano.

Após a declaração do presidente norte-americano, os aviões voaram sobre a multidão, que saudou com aprovação.

Dois caças F-22 e um B2 Spirit sobrevoam o discurso de Trump

O F-22 foi o primeiro caça de quinta geração a ser lançado em 1997, sendo produzido até 2011. A máquina não satisfazia plenamente os requisitos necessários e, por isso, foi decidido retirá-la de produção e iniciar a fabricação do caça F-35.

De acordo com o programa das celebrações, um Boeing presidencial, a equipe de acrobacia aérea Blue Angels em caças F-18, um bombardeiro estratégico B-2 Spirit, dois caças F-22 e o mais novo caça-bombardeiro F-35 sobrevoaram a cidade.

Os helicópteros foram representados pelo modelo Sikorsky/Lockheed Martin VH-92, que será aeronave presidencial em 2020, junto com vários outros veículos.

Além disso, durante a cerimônia, foram apresentados dois veículos blindados Bradley em condições deploráveis com partes descascadas e enferrujadas.

Dia da Independência ou campanha eleitoral?

Os opositores de Trump o acusaram de se afastar das tradições de celebrar o Dia da Independência, de militarização excessiva do feriado e de autopromoção como parte de sua campanha eleitoral para a reeleição.

O presidente dos EUA vem propondo a ideia de demonstrar equipamento militar no dia do feriado desde 2017. Tal cenário surgiu após o seu encontro com o presidente francês Emmanuel Macron em Paris, onde o líder americano ficou impressionado com o desfile militar do Dia da Bastilha, celebrado na França.

Segundo a relatou a rede CNN, a participação de equipamentos militares na celebração do Dia da Independência deste ano custará à Casa Branca cerca de US$ 1 milhão (R$ 3,8 milhões).

Este montante não inclui as perdas das companhias aéreas, que, no dia das celebrações, tiveram de mudar cerca de 100 voos devido ao encerramento de mais de duas horas do aeroporto de Washington.

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