O documento foi aprovado pelo comitê para questões políticas e segurança da Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
O documento exprime inquietação sobre a prática de corrupção, em particular nos monopólios estatais existentes na área da energia. A resolução também sublinha a necessidade de realizar um diálogo entre todos os países que exportam, importam e por onde passa o trânsito de recursos energéticos.
O representante norte-americano, junto com os da Lituânia e Canadá, introduziram uma emenda que exprime "uma inquietação especial" quanto aos projetos Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2) e TurkStream e seu uso potencial como meios de influência política ou econômica.
"O TurkStream aumenta a capacidade da Rússia de influenciar outros países, e isso pode ter consequências negativas. Não podemos deixar a Rússia elevar dramaticamente a dependência da Europa de sua energia", disse congressista Lee Zeldin.
Apelando aos colegas a apoiar a emenda, ele adicionou que "as instituições democráticas não podem ser reféns do abastecimento de energia do Nord Stream 2 e TurkStream".
A delegação da Turquia se pronunciou contra a emenda, já que os fornecimentos dependerão de acordos entre os países, que devem escolher à vontade se eles querem se juntar ao TurkStream ou não.
Outras duas emendas propostas pelos representantes dos EUA também foram aceitas. Elas propõem aos países da OSCE criar a infraestrutura necessária para se juntar ao mercado de gás mais globalizado, incluindo por meio do fortalecimento de ligações regionais.
Além disso, as emendas preconizam coibir as tentativas de países de utilizar os fornecimentos de gás como meio de coerção econômica.
Apelando aos Estados membros da OSCE, o documento diz que os países se devem abster de utilizar os recursos energéticos como instrumento político – submetendo ou influenciando os países que dependem destes recursos.
O TurkStream é um gasoduto que vai da Federação Russa até à Turquia. Começa na estação de compressão de Russkaya, perto de Anapa, na região russa de Krasnodar, do outro lado do Mar Negro, até Kıyıköy, na costa da Trácia.