A agência espacial norte-americana completou com sucesso a sua missão Apollo 11 à Lua no dia 20 de julho de 1969, com o astronauta Neil Armstrong se tornando o primeiro homem a pisar na superfície lunar.
Kraft foi o principal diretor de voo da primeira missão Apollo 1, que deveria ser lançada no início de 1967 e completar um teste de órbita terrestre baixa. Porém, no dia 27 de janeiro daquele ano, os três membros da tripulação morreram em um incêndio durante um teste.
O ex-chefe da missão afirmou que o incidente foi resultado da pressão política americana para derrotar os soviéticos na corrida espacial, escreve o tabloide britânico Express.
"Isso foi terrível, eu podia ouvir as três vozes deles, eles também não duraram muito, cerca de 10 ou 15 segundos", disse, adicionando que a "gerência estava com pressa de chegar à Lua" e "disposta a correr riscos".
No entanto, Kraft também afirmou que este acidente foi fundamental para o resto das missões Apollo, pois dessa forma a NASA pôde identificar erros e evitar que eles acontecessem novamente.
"Foi necessário o incêndio para reconstruir o veículo […] acho que esse era o segredo de Apolo", afirmou Kraft, complementando que, sem isso, os americanos não teriam chegado à Lua.
A agência também apresenta as memórias de Armstrong, expressas por Harrison Ford, que dão uma visão de como a tragédia afetou o lendário astronauta.
"Em alguns momentos muito traumáticos, acho que é mais provável que você aceite a perda de um amigo em voo […] Foi muito difícil perdê-los em um teste de solo."
Vida e carreira de Neil Armstrong
Antes de seu trabalho com o programa Apollo, Armstrong participou na Guerra da Coreia como piloto e, somente em 1962, é que se juntou ao Corpo de Astronautas da NASA.
Armstrong fez seu primeiro voo espacial em 8 de março de 1966, tornando-se o primeiro astronauta civil da NASA a voar no espaço. Depois de ganhar fama mundial com a missão Apollo 11, foi-lhe atribuída várias medalhas de honra.
Com a demissão da NASA em 1971, lecionou no Departamento de Engenharia Aeroespacial da Universidade de Cincinnati (EUA) até 1979.
Após sua morte, a Casa Branca divulgou uma declaração afirmando que Armstrong estava "entre os maiores heróis americanos - não apenas de seu tempo, mas de todos os tempos".
Prosseguiu dizendo que ele realizou as aspirações de uma nação e entregou "um momento de realização humana que nunca será esquecido".
Em 14 de setembro de 2012, os restos cremados de Armstrong foram espalhados no oceano Atlântico a partir do mar das Filipinas.