China pede que os EUA abandonem os planos de vender armas para Taiwan

O Ministério da Defesa da China pediu nesta quinta-feira aos EUA que abandonem imediatamente seus planos de vender armas para Taiwan.
Sputnik

"Taiwan é uma parte inalienável da China, a posição da China, que se opõe fortemente à venda de armas americanas a Taiwan, é clara e constante", declarou Wu Qian, porta-voz do ministério.

Ele insistiu que "a China exorta os EUA a cumprir suas obrigações, observar estritamente o princípio de uma só China e as estipulações dos três comunicados conjuntos entre EUA e China, e abandonar imediatamente os planos anteriores de vender armas para Taiwan".

Wu acrescentou que, com suas ações, os EUA interferem nos assuntos internos da China, além de prejudicar as relações militares entre os dois países e a estabilidade da região do estreito de Taiwan.

A Agência de Cooperação de Defesa e Segurança do Pentágono (DSCA) anunciou na terça-feira que o Departamento de Estado dos EUA autorizou a venda de armas por mais de US$ 2 milhões para Taiwan e afirmou que a transação não alteraria o equilíbrio militar na região.

Taiwan solicitou o fornecimento dos EUA de 108 tanques M1A2T Abrams, 250 mísseis antiaéreos Stinger e equipamentos relacionados.

China pede que os EUA abandonem os planos de vender armas para Taiwan

Na semana passada, Pequim instou Washington a cessar os contatos oficiais e militares com Taipei, bem como "parar de interferir nos assuntos internos da China" para não prejudicar as relações bilaterais, a paz e a estabilidade na região.

Em março passado, Taiwan pediu aos EUA a venda de caças F-16, e neste mesmo mês Pequim enviou uma nota de protesto a Washington para o possível acordo a esse respeito.

As relações oficiais entre Pequim e Taipei foram suspensas em 1949, depois que as forças do Partido Nacionalista Chinês (Kuomintang), chefiadas por Chiang Kai-shek, sofreram uma derrota na guerra civil contra o Partido Comunista da China e se mudaram para Taiwan.

Os laços entre os dois territórios chineses só foram restaurados nos níveis comercial e informal no final dos anos 1980, sem nenhum contato oficial entre as autoridades no momento.

Pequim considera Taiwan como sua província rebelde e se recusa a manter relações diplomáticas com qualquer país que as mantenha com Taipei.

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