O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, indicou na quinta-feira (11) o filho Eduardo, que é deputado pelo PSL-SP, a embaixador nos EUA, por falar "inglês e espanhol" e por muito tempo "rodar o mundo todo".
"O meu filho Eduardo fala inglês, fala espanhol, há muito tempo roda o mundo todo, goza da amizade do filho do presidente Donald Trump, o qual eu torço para ser reeleito ano que vem, assim como torço para Macri ser reeleito na Argentina neste ano", afirmou Bolsonaro.
A indicação foi consentida pelo chanceler do Brasil, Ernesto Araújo, que disse "excelente nome, presidente", durante transmissão ao vivo ao lado de Jair Bolsonaro.
O lançamento da ideia de Jair Bolsonaro está causando um onda de críticas no Twitter, ocasionado o surgimento da hashtag #EmbaixariaBrasileira, que é o quarto assunto mais discutido nesta manhã.
Internauta joga comentário um tanto popular que se o filho do presidente se tornar embaixador é porque ele mereceu.
Há quem sugira novos requisitos para ser embaixador.
Um tweet de abril do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, ressurgiu na discussão, com internauta perguntando se a "regra ainda está valendo".
Qual seria a moda do momento?
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) destaca que a indicação surge um pouco depois do aniversário de Eduardo Bolsonaro.
Quem sabe pedir uns conselhos a Olavo de Carvalho enquanto atira no quintal dele: Eduardo Bolsonaro deixa aberta a possibilidade de nomeação de Olavo como conselheiro.
Pai indicando filho para embaixada não foi nem um pouco criticado pela deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), que acredita que seria um ganho tanto para o Brasil como para os EUA.
Como se tornar diplomata no Brasil
Além de ter de possuir curso superior, o candidato deve ser aprovado no Concurso de Admissão do Instituto Rio Branco (IRBr), que é composto por quatro fases, que englobam questões objetivas de português, história mundial e do Brasil, inglês, geografia, política internacional, direito e economia, questões de língua portuguesa de interpretação e de redação, provas discursivas em diversas temáticas, que vão de política internacional a noções de direito em inglês e português, e provas de francês e espanhol, que são idiomas imprescindíveis para assumir o cargo.
Passando no concurso, o interessado se torna um terceiro-secretário para fazer um curso de dois anos em período integral. Caso queira subir de cargo, cursos devem ser feitos em sequência para se tornar segundo-secretário, primeiro-secretário, conselheiro, ministro de segunda-classe e, finalmente, ministro de primeira-classe (embaixador).