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Centrais sindicais fazem últimos esforços contra reforma de Guedes e Bolsonaro

Trabalhadores e estudantes foram às ruas na última sexta-feira, 12, na tentativa de unir esforços contra a reforma da previdência proposta pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, vista por muitos como uma ameaça à aposentadoria de milhões de brasileiros.
Sputnik

Ontem, depois de quatro dias de discussões, o Plenário da Câmara dos Deputados concluiu a votação em primeiro turno da reforma, com algumas modificações. O segundo turno ficou para o dia 6 de agosto. 

​Enquanto os parlamentares terminavam de discutir o texto do documento, nas ruas, várias centrais sindicais se mobilizaram pelo Dia de Luta contra a Reforma da Previdência, por entenderem que a proposta dificultaria o acesso à aposentadoria e levaria à diminuição dos valores dos benefícios, entre outros problemas. 

​De acordo com Júlio Turra, diretor-executivo da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a mobilização contra a reforma tem como motivação o fato de a mesma estabelecer uma perda de direitos para a classe trabalhadora. Em entrevista à Sputnik Brasil, ele afirma que os sindicatos ainda não desistiram da ideia de parar essa medida.

"Em agosto, nós teremos a tramitação no Senado. Se o Senado mexer na proposta que veio da Câmara, volta para a Câmara. Nós estamos apostando em ganhar esse tempo para intensificar a mobilização, para explicar ao povo trabalhador", disse o representante da CUT, destacando que muitas pessoas são a favor da reforma simplesmente porque não conhecem o conteúdo da mesma. 

​Turra explica que, com a aprovação em primeiro turno da proposta na Câmara, os sindicalistas terão um trabalho mais árduo daqui em diante, no sentido de decompor, item por item, o texto com as mudanças, para mostrar à população que os trabalhadores em geral estão sendo prejudicados, em benefício de banqueiros e empresários.

Daqui a exatamente um mês, em 13 de agosto, as centrais pretendem se unir a outros setores populares em mais uma jornada de manifestações contra a reforma da previdência. 

"Pode ser um dia nacional de paralisação, portanto uma nova greve geral, pode ser um dia de mobilizações com paralisações... Vai depender do balanço que nós fizermos junto às nossas parceiras, as outras centrais sindicais, no próximo dia 16 de julho, na sede do DIEESE [Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos], em São Paulo", explica Júlio Turra.

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