Segundo o The Telegraph, os ministros do Reino Unido estão preparando planos para retaliar Teerã com sanções. Espera-se que Jeremy Hunt anuncie no domingo um pacote de medidas diplomáticas e econômicas, incluindo possíveis congelamentos de bens, em resposta à captura do navio-tanque Stena Impero.
Além disso, Londres também pode pressionar para que as sanções da União Européia e das Nações Unidas sejam restabelecidas.
A Guarda Revolucionária Iraniana capturou o navio-tanque Stena Impero na sexta-feira, supostamente por violar as leis internacionais. Sua tripulação de 23 marinheiros - 18 indianos, três russos, um letão e um filipino - permanecem a bordo do navio, que foi conduzido até um porto iraniano.
Um porta-voz militar iraniano disse neste sábado, citado pela agência de notícias Fars, que o navio de bandeira britânica violou as normas marítimas ao desligar o sistema de rastreamento e ignorar o trajeto para os navios que seguem para o golfo Pérsico. Além disso, o petroleiro foi supostamente escoltado por um navio de guerra do Reino Unido, que resistiu e interferiu com as tentativas dos guardas de capturar o navio-tanque, mas o exército iraniano foi capaz de parar o navio comercial e trazê-lo para um porto.
O confronto marítimo ocorreu depois que os fuzileiros navais do Reino Unido ajudaram a deter um petroleiro iraniano em Gibraltar, no dia 4 de julho, sob suspeita de transportar petróleo para a Síria, violando as sanções da UE. O chanceler iraniano, Javad Zarif, acusou Londres de pirataria.
A situação no golfo Pérsico e nas áreas adjacentes deteriorou-se nos últimos dois meses, depois que vários petroleiros foram submetidos a ataques. Os Estados Unidos e seus aliados culparam o Irã pelos incidentes, enquanto Teerã negou seu envolvimento.
O Reino Unido revelou na semana passada que enviaria um segundo navio de guerra para o Golfo Pérsico depois que barcos de patrulha iranianos tentaram deter outro petroleiro no estreito de Hormuz.
Recentemente, Estados Unidos restauraram as sanções econômicas contra o Irã e aumentaram a presença militar na região, em resposta a uma suposta ameaça iraniana.