'Ato de pirataria': Rússia critica apreensão de petroleiro e faz alerta para Ucrânia

Autoridades da Rússia disseram que a Ucrânia, que se apoderou de um petroleiro russo, agiu como um pirata, e pediu a Kiev que pensasse em como o ato poderia afetar a libertação de seus próprios marinheiros, atualmente presos em solo russo.
Sputnik

A Ucrânia "deve pensar nas consequências" depois que seu serviço de segurança (SBU) deteve o navio-tanque de bandeira russa Nika Spirit (também conhecido como Neyma), informou o Ministério de Relações Exteriores da Rússia nesta quinta-feira.

No entanto, se os cidadãos russos "fossem tomados como reféns" pela Ucrânia, "isso equivaleria a uma grave violação do direito internacional, e as ramificações se seguirão em breve", acrescentou.

Várias horas depois, a embaixada russa na Ucrânia anunciou que "a tripulação está voltando para casa, enquanto a embarcação permanece em Izmail", uma cidade portuária no sudoeste da Ucrânia. O proprietário do navio também confirmou que os marinheiros haviam sido libertados.

Enquanto isso, altos legisladores russos rotularam o incidente como "um ato de pirataria" e acusaram o governo de Kiev de encenar "uma provocação". Konstantin Zatulin, um membro de alto escalão do comitê da Duma de Estado encarregado dos Estados pós-soviéticos, declarou que a detenção irá prejudicar as relações já tensas entre Moscou e Kiev.

Ao tomar tal atitude, a Ucrânia estará "longe de chegar" à libertação de 24 marinheiros atualmente em julgamento na Rússia por suposta violação das fronteiras marítimas durante o incidente do estreito de Kerch, no ano passado.

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Ainda não está claro quantos marinheiros estavam a bordo do navio. Anatoly Matios, chefe do escritório do promotor militar ucraniano, enviou fotos mostrando os passaportes de sete marinheiros russos.

Funcionários da indústria naval russa sugeriram que a tripulação era maior do que isso, colocando o número entre 11 e 16.

O Nika Spirit foi detido pela SBU no início do dia, quando ela navegou para Izmail. Kiev mantém que o navio estava bloqueando a passagem de navios de guerra ucranianos durante um encontro no meio do mar no estreito de Kerch em novembro passado. Policiais ucranianos realizaram uma busca e apreenderam documentos a bordo do navio-tanque. Eles também questionaram a tripulação antes de deixá-los ir.

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