O cientista também expressou a vontade de instalar sensores em cada corpo celeste no Sistema Solar.
Desde a sua aterrissagem em Marte em novembro de 2018, a sonda da NASA InSight tem detectado vários potenciais fenômenos sísmicos, disponibilizando aos investigadores dados valiosos sobre o funcionamento interno do planeta, relata o Business Insider.
Fotografia tirada pela câmara instalada na sonda InSight da NASA.
"Nós partimos do princípio que a crosta de Marte é parecida com a terrestre. O fato de os terramotos marcianos, em forma de onda, se assemelharem à dos terremotos na Lua nos dá uma ideia da estrutura interna da sua crosta. Até agora, só podíamos analisá-la a partir do exterior", disse o sismólogo Simon Stahler em comunicado à imprensa em abril.
Outro membro da equipe da NASA, Mark Panning, notou evidentes semelhanças entre os terremotos que ocorrem em Marte e os que acontecem na Lua, destacando que o número de abalos examinados pelos investigadores continua sendo pequeno demais "para desvendar os segredos do Planeta Vermelho", mas que isso permite à equipe entender realmente o quão Marte é ativo".
Ferramenta de investigação da sonda InSight em movimento.
"Depois poderemos começar a fazer descrições detalhadas de como é o interior marciano, disse Panning, acrescentando que há agora um jogo de espera. Vamos escutar mais um ano e meio, e esperamos descobrir muito mais coisas ainda".
O cientista também salientou que gostaria de instalar sensores sísmicos em "todos os corpos planetários que tremem", argumentando que, uma vez que "a sismologia na Terra é quase inteiramente construída sobre redes de dados", uma abordagem semelhante em outros corpos celestes será útil.