No domingo passado, representantes do "quinteto" (Alemanha, China, França, Reino Unido e Rússia), em uma reunião em Viena, apelaram ao Irã para que não inicie a terceira fase da suspensão de suas obrigações do acordo nuclear, planejada para os dias 4 e 5 de setembro.
"Acho que é o último adiamento para os participantes do acordo. Se os interesses do Irã não estiverem garantidos, daremos o próximo passo. Se não vermos um trabalho correspondente ao nosso, a República Islâmica do Irã não estenderá essas medidas [do acordo nuclear]", disse al Musawi.
Em julho de 2015, o Irã e seis mediadores internacionais - Rússia, Estados Unidos, Reino Unido, China, França e Alemanha - assinaram o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), que impôs uma série de limitações ao programa nuclear iraniano com o objetivo de excluir sua possível dimensão militar, em troca da suspensão das sanções internacionais.
Embora a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) tenha confirmado que Teerã cumpriu o tratado, os EUA abandonaram o acordo em maio de 2018 acusando o Irã de estar continuando a desenvolvendo armas nucleares. Desde então, Washington restabeleceu uma série de sanções contra a República Islâmica.
Um ano após a retirada dos EUA do pacto nuclear, o Irã suspendeu parte de seus compromissos no âmbito do JCPOA e anunciou que continuará reduzindo suas obrigações progressivamente a cada 60 dias, a menos que outros signatários do acordo encontrem uma solução diplomática para evitar sanções dos EUA.