Caças dos EUA supostamente armados com bombas patrulham golfo Pérsico em meio a tensões com Irã

Caças dos EUA se juntaram a manobras de guerra marítima e de superfície no golfo Pérsico à medida que crescem as tensões com o Irã, reportou o Serviço de Distribuição de Informação Visual de Defesa (DVIDS, na sigla em inglês).
Sputnik

Instalados na Base Aérea de Al Dhafra, nos EAU, e ligados ao 336º Esquadrão de Combatentes Expedicionários, os caças F-15E Strike Eagles da Força Aérea dos EUA estão alegadamente equipados com bombas de fragmentação.

"A função [dos F-15E] é conduzir missões de patrulhamento aéreo de combate sobre o golfo Pérsico e fornecer escoltas aéreas para embarcações navais enquanto atravessam o estreito de Ormuz", de acordo com o DVIDS.

Segundo publicação, o F-15E é um "caça bifuncional projetado para realizar missões ar-ar e ar-terra e está atualmente conduzindo operações de Patrulhamento Aéreo de Combate Superficial (SuCAP) para garantir um comércio marítimo livre e aberto na região" do golfo Pérsico.

As manobras surgem no contexto dos esforços liderados pelos EUA para construir uma coalizão internacional que patrulhará o estreito de Ormuz enquanto as tensões com o Irã continuam aumentando drasticamente.

Variedade de armamentos

De acordo com o The Drive, algumas das aeronaves foram equipadas com dispensador de munição corrigida pelo vento (WCMD, na sigla em inglês), que é basicamente um sistema de navegação por GPS que pode transportar uma variedade de munições de fragmentação.

Além das bombas de fragmentação, diz-se que os F-15E transportam um par de mísseis AIM 120C de médio alcance e da classe ar-ar e dois mísseis AIM 9-X Sidewinder de curto alcance e orientados por radiação infravermelha.

As tensões já existentes na região se agravaram ainda mais no início de julho, quando o Irã apreendeu um petroleiro britânico no estreito de Ormuz, semanas após a apreensão de um navio iraniano ao largo da costa de Gibraltar.

Estratégia de 'pressão máxima'

Na sequência do incidente, os Estados Unidos anunciaram iniciativa de criação de uma força marítima, designada Operação Sentinela, para reforçar a segurança no golfo Pérsico, no estreito de Ormuz, no estreito de Bab el-Mandeb e no golfo de Omã, na sequência dos recentes "ataques de sabotagem" a petroleiros.

Com a estratégia americana de "pressão máxima" contra o Irã, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, convidou a Alemanha, a França e o Reino Unido para a nova coalizão internacional, junto com Japão, Austrália, Noruega, Coreia do Sul e outros países, começando a receber resposta contrária da Alemanha e União Europeia pela discordância de uso de "pressão máxima".

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