Grupo de cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Livermore e do Instituto Carnegie para a Ciência, usando um poderoso laser, conseguiu aquecer rapidamente um pedaço de ouro a temperaturas extremas, enquanto o sujeitavam a uma compressão rápida com níveis de pressão que chegavam a 322 gigapascais – semelhantes aos do núcleo da Terra.
Os pesquisadores fizeram descobertas impressionantes quando monitoraram as mudanças na estrutura do metal usando raios X.
Espera-se que as variedades recém-descobertas do metal precioso afetem seriamente muitos experimentos que usam o ouro como padrão de calibração devido à estabilidade de sua estrutura percebida anteriormente.
Acontece que, quando o ouro é exposto a uma rápida compressão e aquecimento, ele comporta-se de forma diferente, alterando sua estrutura cúbica centrada na face, onde os átomos estavam localizados nas "faces" do cubo molecular, para uma estrutura cúbica centrada no corpo, onde os átomos são pressionados para o centro do cubo a cerca de 220 gigapascais.
Quando os níveis de pressão atingiram níveis mais próximos de 330 gigapascais, pressão que se encontra no centro da Terra, o ouro tornou-se líquido.
Estas duas novas formas contradizem a crença comum de que o ouro mantém sua estrutura sob forte pressão, o que encontrou seu uso em vários experimentos de pressão que usaram o ouro como padrão. Os resultados do experimento mostraram que o metal mantém a estabilidade em sua estrutura molecular somente sob um aumento gradual da pressão e sob temperatura normal.