O levantamento classifica o homícidio doloso esclarecido como aquele no qual pelo menos um agressor foi encaminhado para a justiça criminal no mesmo ano em que o crime ocorreu ou no ano seguinte.
Em 2016, os Estados com os piores indíces de resolução de homícidios foram Piauí (23,6%) e Pará (10,3%). Já os melhores foram Mato Grosso do Sul (73,2%), Santa Catarina (69,5%), Rio Grande do Sul (58,4%) e São Paulo (50,8%).
Nove estados apresentaram respostas incompletas ou inconsistentes ao pedido de informações do Instituto Sou da Paz, quatro deram respostas negativas e dois não responderam às solicitações de informação.
"Permitir que homicidas permaneçam impunes incentiva a reincidência, abala a credibilidade das instituições e alimenta a insegurança e o medo da população”, afirma Ivan Marques, diretor-executivo do Instituto Sou da Paz. "O Estado precisa priorizar a investigação de assassinatos no Brasil e dar respostas às milhares de pessoas que perderam familiares e amigos assassinados nos últimos anos", diz.
Segundo o Atlas da Violência, 65.602 pessoas assassinadas em 2017 no Brasil e 75,5% das vítimas de homicídios eram negras.