O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, afirmou que uma das causas da saída dos EUA do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) foi o fato de a China ter obtido mísseis deste tipo.
No dia seguinte após o abandono do Tratado INF, o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, afirmou ser a favor da implantação de mísseis terrestres de médio alcance na Ásia.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, Aleksei Podberezkin, diretor do Centro de Pesquisas Políticas e Militares do Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou (MGIMO, na sigla russa), frisa que os EUA veem na China uma forte ameaça.
"Atualmente, para os EUA, a China representa a principal ameaça, acham eles, e é por isso, em particular, que as forças da Marinha dos EUA estão sendo ativamente fortalecidas. Primeiramente, porque a China está se tornando cada vez mais comparável com os EUA no domínio da tecnologia, da economia e na área militar. Por conseguinte, os americanos podem ter decidido que as forças nucleares da Marinha dos EUA, têm muitos mísseis de cruzeiro, e as bases no Japão já não são suficientes para assegurar a vantagem dos EUA. Portanto, o centro do principal confronto agora está sendo transferido da Europa para a região Ásia-Pacífico", disse Aleksei Podberezkin.
O Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário foi revogado no dia 2 de agosto, por iniciativa dos EUA. Washington tem acusado Moscou de ter violado o acordo, mas não apresentou nenhumas provas. A Rússia negou as alegações.