Com a reforma da Previdência avançando no parlamento, centrais sindicais e organizações estudantis se mobilizaram após o insucesso no convencimento dos deputados para barrar o texto, e decidiram aumentar a pressão sobre a classe política, na esperança de tentar reverter também os polêmicos cortes no setor educacional.
Desde o início do dia, milhares de pessoas vêm participando de protestos em dezenas de cidades de todo o Brasil, gritando palavras de ordem e exibindo cartazes contra o governo.
Inflados pelas palavras do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que, recentemente, ironizou um vídeo postado pela União Nacional dos Estudantes (UNE) convocando para a manifestação, os estudantes atenderam em massa os apelos para aderir aos atos.
Em algumas regiões, representantes de diferentes grupos se juntaram em ações unificadas para demonstrar sua insatisfação com as medidas que estão sendo adotadas pela administração de Jair Bolsonaro.
Na capital federal, mulheres indígenas promoveram uma grande marcha que acabou adentrando o Congresso Nacional, onde foi organizada uma sessão solene.
Em São Paulo, um princípio de confusão foi registrado no momento em que os manifestantes decidiram seguir rumo a República, na região central, e foram bloqueados pela polícia.
Embora vários protestos já tenham chegado ao final, muitos outros ainda continuam ativos e/ou no início. No Rio de Janeiro, por exemplo, os atos, que começaram mais tarde, devem seguir noite adentro.
No entanto, as condições climáticas adversas já provocam algumas baixas, uma vez que alguns manifestantes estão indo embora devido à chuva e aos fortes ventos no centro da cidade.