A aeronave com número de registro 64-14846, decolou da base área britânica de Mildenhall ontem (15) às 14:25 de Moscou, 8h25 (horário de Brasília).
Em seguida, o avião de inteligência realizou um voo ao redor das fronteiras de Kaliningrado, formando uma espécie de quadrado como mostrado na imagem do serviço de monitoramento aéreo Plane Radar.
14:25 de Moscou / 8h25 (horário de Brasília) - Avião de reconhecimento RC-135V Rivet Joint da Força Aérea dos Estados Unidos, número de registro 64-14846, decolou da base aérea de Mildenhall, voo de reconhecimento ao redor da região de Kaliningrado.
Criando tensão artificial
Em entrevista à Rádio Sputnik, o professor do Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou (MGIMO), Aleksei Podberezkin, explicou a razão de os EUA realizarem frequentemente voos deste tipo.
"Os americanos fazem voos de reconhecimento como este dezenas de vezes. Em princípio, isso seria um sinal de que eles estão preparando alguma operação militar. Se fosse uma guerra de verdade, diríamos que estariam se preparando para atacar. Mas, no caso, os americanos estão tentando manter o absoluto controle das áreas internacionais ao redor de Kaliningrado", disse o professor.
O acadêmico também ressaltou o caráter psicológico de tais ações. O objetivo seria criar uma falsa tensão na região.
"Eles tentam diariamente lembrar a Rússia que naquela região há uma atividade militar. Esta atividade provocativa cria uma tensão artificial que gera pressão política sobre a Rússia", acrescenta o professor.
Voos de tal natureza se tornaram cada vez mais frequentes em zonas fronteiriças da Rússia. Drones militares e aviões de reconhecimento são frequentemente detectados no mar Negro e nos arredores de Kaliningrado, assim como nas proximidades de bases russas na Síria.
Apesar do Ministério da Defesa da Rússia condenar tais atividades, Washington as mantém.