Mesmo com uma queda no número de efetivos, muito inferior ao objetivo do governo de 82.000, o Ministério da Defesa britânico insiste que as Forças Armadas continuaram "satisfazendo todas as necessidades operacionais".
"O déficit atual no requisito de força de trabalho é de 7,6% para as Forças Armadas do Reino Unido", de acordo com relatório. Os números indicam que as Forças Armadas britânicas vêm perdendo efetivos há nove anos, sofrendo perdas também na Força Aérea Real (RAF) e na Marinha Real.
A Força Aérea Real conta com 29.930 efetivos dos 31.840 requeridos, e a Marinha Real e Royal Marines possuem 29.090 efetivos dos 30.600 necessários.
Recrutamento privado
O Ministério da Defesa britânico declarou que o "Exército continua cumprindo todos os seus compromissos operacionais para manter o Reino Unido seguro e estamos empenhados em trabalhar com a [empresa] Capita para enfrentar os desafios restantes".
A secretária de Defesa do Reino Unido, Nia Griffith, culpou o governo por "derrubar" as Forças Armadas do país "ano após ano", observando que o tamanho do Exército estava "bem abaixo dos seus próprios alvos".
"Os ministros ou estão em total negação desta crise de recrutamento e retenção, ou são ativamente a favor da redução das Forças Armadas para estes níveis historicamente baixos", supôs, acrescentando ser "evidente que os Conservadores não podem ser confiados [para serem responsáveis pelas] defesas do nosso país".
A declaração de Griffith surgiu em meio aos receios dos deputados britânicos sobre o Ministério da Defesa utilizar a empresa privada Capita no recrutamento de soldados. A empresa não tem conseguido cumprir as metas de recrutamento desde 2012, quando fechou contrato com o governo britânico de US$ 601 milhões.