Segundo cientistas, os crânios haviam sido deformados artificialmente.
Os especialistas datam os restos mortais do período entre 415 e 560 d.C. e creem que cada um dos crânios foi moldado de maneira diferente, possivelmente para identificar a pertença a um determinado grupo cultural.
Primeiras evidências de deformação artificial de crânios na Croácia durante os séculos 5 e 6
Os restos mortais, encontrados entre 2014 e 2017, foram analisados com a ajuda de vários métodos, incluindo a análise de DNA.
Os resultados do estudo demonstraram que a ascendência genética de cada criança variava muito, o que evidencia que os grupos culturais estavam fortemente misturados nesta área após a queda do Império Romano.
De acordo com os resultados do estudo publicado na revista científica PLOS ONE, um dos esqueletos, de ascendência do Oriente Próximo, apresentava uma deformação craniana com o osso frontal achatado, fazendo com que a altura do crânio aumentasse significativamente. Os restos do segundo esqueleto, provavelmente da Eurásia, não apresentavam deformidade craniana, enquanto o terceiro esqueleto, de origem asiática oriental, tinha um crânio com uma deformidade "alongada" para cima. Os três adolescentes, de idades compreendidas entre 12 e 16 anos, sofriam de grave desnutrição.
O autor principal do estudo, Mario Novak, biólogo e arqueólogo do Instituto de Investigação Antropológica de Zagreb, comentou à Newsweek que os adolescentes poderiam ter sofrido algum tipo de doença que os matou rapidamente sem deixar vestígios nos seus ossos.
Outra hipótese é que sua morte tenha ocorrido no âmbito de um ritual de sacrifício, uma vez que algumas culturas preferiam jovens como vítimas sacrais.