De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, tal negociação não incluiria debates sobre o programa de mísseis da República Islâmica.
"Como gesto de boa vontade e um passo para criar espaço nas negociações, respondemos à proposta francesa", disse um alto funcionário do governo iraniano citado pela agência. "Queremos exportar 700 mil barris de petróleo por dia e que nos paguem o valor efetivo. E isso apenas no início. Deverá chegar a 1,5 milhão de barris por dia", acrescentou.
Já outro funcionário destacou que "o programa de mísseis balísticos do Irã não será negociado".
"Sublinhamos isso de maneira clara e aberta", afirmou, sem dar detalhes sobre a proposta feita pela França.
Ainda de acordo com um diplomata iraniano também consultado pela Reuters, o país descarta qualquer negociação que envolva o seu "direito a enriquecer urânio, seu ciclo de combustível nuclear da indústria nacional". Entretanto, Teerã se compromete a respeitar totalmente o pacto nuclear firmado há quatro anos com o chamado grupo do P5+1, formado por Alemanha, China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia.
Segundo fontes do setor energético, as exportações de petróleo do Irã chegaram a cair até a marca de 100 mil barris por dia, em julho, em razão das sanções internacionais impostas pelos EUA ao país desde que o presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu retirar Washington do acordo, no ano passado.