O físico nuclear búlgaro e ex-presidente do Comitê para Uso Pacífico da Energia Nuclear, Georgi Kaschiev, disse que a participação da empresa russa do ramo nuclear Rosatom no projeto de construção da usina nuclear búlgara de Belene "cria preocupação".
Segundo o especialista, a empresa estatal russa estaria criando uma arma destinada a reduzir a OTAN a cinzas.
"Em particular, eles estão desenvolvendo uma arma […] cujo objetivo é eliminar, reduzir a cinzas seus inimigos, em primeiro lugar os países da OTAN […] Eles estão criando armas contra nós, enquanto nós os convidamos para construir uma usina nuclear", disse o cientista em entrevista à Rádio Nacional Búlgara.
Além disso, Kaschiev acredita que seu país não está pronto para construir uma usina nuclear, uma vez que a Bulgária é quem menos recebe em compensações pelos efeitos das atividades nucleares. Estas compensações estariam em torno de 100 milhões de leves búlgaros (cerca de R$ 250 milhões), enquanto os países da Europa Ocidental recebem € 500 milhões (cerca de R$ 2,3 bilhões).
Além da Rosatom, cerca de 12 companhias demonstraram interesse na licitação da construção de uma usina nuclear na Bulgária, entre as quais estavam a americana General Electric e a francesa Framatome.