O parecer venezuelano se dá após o anúncio da retomada da luta armada por parte de ex-membros do alto escalão da guerrilha, que travou uma sangrenta luta com as forças do governo colombiano por mais de cinco décadas, desde sua fundação, em 1964, até 2017.
A Venezuela rejeita a desfaçatez de Iván Duque, ao transferir para países terceiros e pessoas terceiras sua responsabilidade exclusiva no desmantelamento planejado dos processos de paz e no descumprimento dos compromissos assumidos.
Na última quinta-feira, o ex-número dois das FARC, Iván Márquez, anunciou através de um vídeo a decisão de abandonar o histórico acordo de paz com o governo colombiano e retornar à luta armada. Na gravação, o principal negociador do grupo nos diálogos com as autoridades nos últimos anos sugere que ele e os demais ex-comandantes do movimento teriam sido forçados a escolher esse caminho.
De acordo com a chancelaria venezuelana, o culpado por essa situação seria o atual chefe de Estado colombiano. Ainda assim, Caracas afirma que está mantendo contatos com outros países envolvidos para levar as partes em conflito de volta à mesa de negociações.
"A Venezuela segue com preocupação a reativação iminente do conflito armado entre o governo colombiano e um grupo das FARC, e informa que está em consulta com o restante dos países acompanhantes e garantidores para que as partes voltem aos contatos", disse Jorge Arreaza nesta sexta-feira.