Em comunicado reproduzido pela AFP, o porta-voz do governo regional de KwaZulu-Natal, Jay Naicker, afirmou que ao menos 20 indivíduos teriam sido detidos "em conexão com incidentes relacionados aos protestos na indústria de caminhões". Em todo o país, seriam mais de 60 detenções.
A polícia prendeu mais de 60 pessoas na África do Sul após uma onda de protestos e saques relacionados a sentimentos anti-estrangeiros.
De acordo com a polícia, também citada pela agência, 11 veículos bloquearam, no último domingo, a estrada que leva ao porto de Richards Bay, um dos mais importantes do continente africano.
Em Joanesburgo, 41 pessoas foram presas depois de uma marcha que reuniu centenas no Distrito Comercial Central e terminou com saques em lojas, carros incendiados e edifícios danificados.
Outras ações parecidas foram verificadas também na província do Cabo Ocidental.
Na última semana, a Human Rights Watch informou que dezenas de motoristas de caminhão foram mortos em ataques realizados contra estrangeiros no país desde março de 2018.
O relatório da organização internacional foi divulgado em meio a um aumento da violência xenofóbica alimentada por problemas econômicos e pelas altas taxas de desemprego (29%) na economia mais industrializada da África.