Malásia quer criar órgão neutro para investigar queda do MH17 na Ucrânia

O país propôs a criação de um órgão neutro para realizar uma investigação justa do acidente do voo MH17 na Ucrânia, afirmou o primeiro-ministro da Malásia, Mahathir bin Mohamad.
Sputnik

O primeiro-ministro afirmou ainda que propôs que o novo órgão seja composto por especialistas de diferentes países e que tenham experiência em casos de acidentes aéreos.

"Precisamos de um órgão verdadeiramente neutro que possa realizar a investigação", disse o líder malaio à Sputnik.

"O tipo de míssil pode ser determinado e os destroços do avião podem dizer que parte foi atingida, porém, quem disparou? É difícil para nós acreditarmos que eles possam estabelecer quem disparou o míssil", ressaltou Mohamad.

Mohamad disse que no seu país não acredita que haja provas suficientes para acusar a Rússia do que aconteceu.

O líder também observou que está disposto a analisar as provas do investigador particular alemão Josef Rech, que investigou o caso do MH17 e se ofereceu para entregar as evidências ao gabinete do procurador holandês, oferta que foi recusada.

Malásia quer criar órgão neutro para investigar queda do MH17 na Ucrânia

"Até agora, nosso governo não entrou em contato com ele. Porém, foi publicado e há rumores de que havia outro avião ao mesmo tempo e no mesmo lugar. Tudo isso gera dúvidas e desconfiança sobre as provas utilizadas pela Equipe de Investigação Conjunta. Portanto, ficaríamos encantados em ouvir quem quer que tenha dados e provas que haja sobre o ocorrido", concluiu.

Em 17 de julho de 2014, o avião que fazia o voo MH17 da companhia Malaysia Airlines foi atingido por um míssil quando sobrevoava a província de Donetsk, no leste da Ucrânia, zona de enfrentamentos entre as tropas ucranianas e os independentistas. Todos os ocupantes da aeronave perderam a vida.

Em março do ano passado, um ex-agente da inteligência ucraniana, Vasili Prozorov, acusou seu governo de ter provocado a queda do voo MH17.

Uma investigação realizada pela Rússia estabeleceu que o míssil que derrubou o voo MH17 pertencia ao Exército ucraniano.

Entretanto, especialistas da Holanda, Malásia, Austrália, Bélgica e Ucrânia afirmam que o projétil supostamente pertencia ao Exército russo e que havia sido transportado previamente para o território ucraniano, para uma área controlada pelas milícias de Donbass.

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