"Não faz sentido ter petróleo se para extraí-lo você precisa deixar as multinacionais o levarem embora", disse Fernández após discursar no Parlamento espanhol em Madri.
"Eu não tenho problema com as multinacionais, mas minha principal preocupação é gerar riquezas para a Argentina e para os argentinos", disse o peronista, principal desafiante ao atual presidente argentino, Mauricio Macri, nas eleições em outubro.
Sete anos atrás, a ex-presidente Cristina Kirchner — que é a candidata a vice-presidente de Fernández nas eleições deste ano — expropriou a participação da Repsol na estatal argentina de petróleo YPF, em uma ação que afetou o apetite dos investidores estrangeiros.
Macri tentou cultivar uma atmosfera favorável às empresas para trazer de volta os investidores ao país e desenvolver ativos de energia, entre eles a reserva de Vaca Muerta, que tem o tamanho da Bélgica e pode abrigar um dos maiores de depósitos de petróleo e gás no planeta.
O país deve registrar um superávit no comércio de energia no próximo ano pela primeira vez em uma década, disse o secretário de Energia Gustavo Lopetegui.
Cristina Kirchner, durante seu mandato, tentou utilizar a reserva de Vaca Muerta para reverter o déficit energético da Argentina, mas os planos foram prejudicados pela falta de infraestrutura e falta de investimento.