Na Conferência de Novidades de Defesa 2019, o secretário interino da Força Aérea dos EUA, Matthew Donovan, anunciou que uma série de "mudanças controversas" teriam lugar nos "orçamentos futuros" de seu ramo militar.
"Nós precisamos reajustar o financiamento e a fidelidade dos programas restantes, que não podemos mais pagar devido à sua incompatibilidade com futuros cenários de batalha e com as capacidades e sistemas que a nação requer para vencer. Não há como contornar isso", afirmou o oficial da USAF.
De acordo com Donovan, repensar a quantia de dinheiro investido em uma aeronave é o possível caminho que a USAF pode escolher para aliviar as restrições.
"Estamos investindo em armas avançadas, de baixo custo, de uso único, e tecnologias como energia direcionada e hipersônica", afirmou.
Em 2017, os pesquisadores de engenharia do laboratório de São Francisco receberam fundos para desenvolver os chamados "aviões industriais de papel mais avançados do mundo".
Os drones de papelão pesado são descartáveis e biodegradáveis, após serem lançados de um C-17 ou C-130 em missões que requerem a entrega de "suprimentos críticos" em situações humanitárias ou de campo de batalha. Trimble explicou pela primeira vez que uma aeronave de uso único, ao contrário de um míssil de cruzeiro, precisa ser capaz de mudar de velocidade e direção enquanto estiver no ar.
O anúncio sobre o novo orçamento surgiu um dia depois que o novo secretário de Defesa, Mark Esper, assinou uma decisão de desviar US$ 3,6 bilhões (R$ 14,6 bilhões) dos fundos militares para a construção do muro do presidente norte-americano, Donald Trump, na fronteira do país com o México.