O avião que partiu do Aeroporto Internacional de Kiev-Borispol transportando 35 cidadãos russos, pousou no Aeroporto Internacional de Vnukovo, em Moscou, como parte da troca de prisioneiros.
Dentre os passageiros a bordo do avião estava o chefe do portal RIA Novosti Ucrânia, o jornalista Kirill Vyshinsky.
O Kremlin saúda a troca de prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia, informou o assessor de imprensa do presidente russo, Dmitry Peskov, que também confirmou a concretização da libertação de cidadãos russos e ucranianos.
"Sim, a troca ocorreu. Saudamos e estamos felizes por os cidadãos russos terem regressado a casa", afirmou Peskov.
"Há [o jornalista] Vyshinskyy. A lista [de prisioneiros] virá mais tarde. No momento, é esta a nossa avaliação", disse.
O cineasta ucraniano Oleg Sentsov, que estava preso na Rússia depois de ser condenado em agosto de 2015 a 20 anos de prisão por realização de ataques terroristas na Crimeia, também regressou à Ucrânia como parte do acordo entre os dois países.
Além do cineasta Oleg Sentsov, os 24 marinheiros ucranianos que estavam a bordo dos três navios interceptados pela Rússia após violarem as águas territoriais russas quando navegavam em direção ao estreito de Kerch também foram libertos e regressaram à Ucrânia.
Avião com prisioneiros ucranianos decola do Aeroporto Internacional de Vnukovo, em Moscou.
O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, classificou a troca como o primeiro passo para desbloquear o diálogo com a Rússia e encerrar o conflito no Leste ucraniano.
"Nós chegamos a acordo [com o presidente russo, Vladimir Putin] sobre a primeira etapa para desbloquear nosso diálogo e acabar com a guerra", afirmou Zelensky.
De acordo com Zelensky, o acordo foi obtido durante uma conversa telefônica com o presidente russo, que ocorreu neste sábado (7).
A troca de hoje pode ser considerada como o "primeiro passo para desbloquear o diálogo com a Rússia", enfatizou o presidente ucraniano.
Negociações por acordo
Recentemente, Rússia e Ucrânia iniciaram as negociações, com o objetivo de chegarem a um acordo para uma libertação simultânea de prisioneiros. Em setembro deste ano, o presidente russo, Vladimir Putin, tinha dito que a questão seria resolvida proximamente.
Na sexta-feira (6), o advogado ucraniano Valentin Rybin afirmou que o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, havia perdoado estas pessoas, cuja libertação simultânea havia sido discutida por Kiev e Moscou. De acordo com Rybin, elas estavam sendo levadas para o local acordado.