Os policiais apreenderam em Portugal quase 70 mil euros em notas falsas, além de diversos objetivos que eram utilizados para a produção, como impressoras, computadores, papel com simulações de filamentos de segurança e adesivos holográficos. A "qualidade" das cédulas impressionou os investigadores.
"Além dos hologramas, as notas têm ainda a imitação da tinta e a presença de marca d'água. São notas com bastantes elementos de segurança incluídos, é uma das falsificações com maior qualidade apreendida na Europa", disse o perito Manuel Mourato durante coletiva de imprensa.
Cinco pessoas foram presas. O líder do grupo, um português de 35 anos, foi descoberto na Colômbia e extraditado. Segundo a polícia, o homem anunciava as notas falsas em uma espécie de mercado na dark web. Em seguida, repassava as encomendas para os outros quatro membros da quadrilha, que iniciavam a produção em Portugal. Depois de prontas, as notas falsas eram enviadas pelo correio.
De acordo com os investigadores, esta é a segunda maior quadrilha de falsificadores de moedas comercializadas pela dark web, que atuava pelo menos desde 2017.
Somando a apreensão portuguesa com outras que já constavam nos registros europeus, de notas com as mesmas características, a quadrilha foi responsável pela produção de 1 milhão e 300 mil euros em cédulas falsas, encontradas principalmente na França, Alemanha e Espanha e Portugal.
A polícia diz que ainda há muitas centenas de notas falsificadas feitas pela quadrilha em circulação por toda a Europa.
"Muitas das vezes só são detectadas quando entram em depósitos bancários. Em termos de comércio normal, são notas que passam com bastante facilidade. Para quem detecta notas falsas, o primeiro alerta é para não tentar passar para outra pessoa, porque isso é crime na mesma. Depois, é se dirigir as autoridades para denunciar e dizer em que circunstâncias é que as receberam", alerta o coordenador de investigação criminal da Polícia Judiciária, Luís Ribeiro.