Na semana passada, o presidente venezuelano Nicolás Maduro anunciou exercícios militares em larga escala perto da fronteira colombiana entre 10 e 28 de setembro.
Segundo Maduro, a Venezuela estaria implantando sistemas de defesa aérea em sua fronteira com a Colômbia durante o período de realização dos exercícios. O presidente destacou que o país estava aumentando suas forças na fronteira com a Colômbia em meio à ameaça de possível agressão de Bogotá contra Caracas.
O chanceler venezuelano anunciou o envio dos documentos através do Twitter:
Enviaremos informações irrefutáveis à Organização das Nações Unidas, não especulações absurdas apresentadas pela Colômbia. Mostraremos coordenadas, fotos, evidências, datas, nomes e links, ataques terroristas preparados pela Colômbia contra a Venezuela.
As relações entre Caracas e Bogotá pioraram em meio a uma crise política que eclodiu na Venezuela. Em janeiro, a oposição tentou derrubar Maduro em uma tentativa de instalar o líder Juan Guaidó. A tentativa falhou, mas a agitação continuou com Maduro acusando Bogotá de estar por trás da trama para derrubá-lo e assassiná-lo.
A Colômbia negou as acusações. No entanto, Bogotá, juntamente com alguns outros países, endossou Guaidó como presidente interino. Ao mesmo tempo, China e Rússia se mantiveram entre os Estados que apoiaram Maduro como líder legítimo da Venezuela.