Nos primeiros 6 meses de 2019 foram realizadas no Brasil 23 concessões (aeroportos, portos e ferrovias), sendo que em março ocorreu o leilão de 12 aeroportos divididos em 3 blocos, com ágio de mais de 900% e previsão de arrecadação total de R$ 4,2 bilhões para o governo federal ao longo dos 30 anos de concessão.
O presidente da Associação Nacional das Empresas Administradoras de Aeroportos (ANEAA), Dyogo Oliveira, disse à Sputnik Brasil que houve uma melhora significativa nos serviços dos aeroportos com o processo de concessões.
"O modelo que foi adotado de concessões aeroportuárias no Brasil é de grande sucesso. Desde o início das primeiras concessões, em 2011 e em 2012, nós tivemos um volume de mais de 13 bilhões de reais de investimentos. A qualidade do serviço melhorou consideravelmente, de uma média de 3,8 para 4,4 em termos de satisfação do usuário", destacou.
O economista também observou que o modelo de concessões aeroportuárias pode ajudar a desenvolver o setor da aviação na América Latina.
"A melhora na infra-estrutura amplia o número de rotas. Os aeroportos fazem um processo muito importante de novas rotas, conexões, com outros países, com outras cidades, e isso desenvolve o setor como um todo, criando mais opções para o usuário e, principalmente, gerando atividade para o setor", disse o presidente da ANEAA.
O economista acrescentou que até 2021 mais 22 aeroportos devem ser incorporados ao modelo de concessão.
"O governo anuncia a continuação do programa. Teremos mais 22 de aeroportos concedidos nas próximas rodadas, que devem ser levadas à cabo até o final do próximo ano e em 2021, então isso dinamiza ainda mais o processo, na medida que vai chegando ao interior do país, às cidades mais remotas, até a localidades que hoje não tem uma boa conexão", afirmou Dyogo oliveira.