A informação foi divulgada neste sábado pelo ministro da energia da Arábia Saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, citado pela Agência de Imprensa Saudita (SPA).
O príncipe Abdulaziz bin Salman disse que os ataques levaram à interrupção de cerca de 5,7 milhões de barris de petróleo bruto ou cerca de 50% da produção total da empresa, segundo o SPA.
O ministro explicou que os ataques também paralisaram a produção de gás associado, estimada em 2 bilhões de pés cúbicos por dia, usada para produzir 700 mil barris de gás natural liquefeito.
O príncipe Abdulaziz bin Salman, no entanto, enfatizou que esse ataque não afetou o fornecimento de combustível ao mercado local, nem resultou em ferimentos dos trabalhadores. Segundo SPA, a empresa ainda está em processo de avaliação do impacto.
O ministro da Energia da Arábia Saudita também enfatizou, citado pelo SPA, que essa sabotagem é uma extensão dos recentes ataques dirigidos a instalações civis e de petróleo no Golfo Árabe, acrescentando que esses ataques também visam a segurança global do fornecimento de petróleo .
A Saudi Aramco é a gigante estatal de petróleo que opera e controla a maioria da produção de refinarias e campos de petróleo do reino.
De acordo com um comunicado das forças armadas houthis, transmitido pelo canal de TV Almasirah, o grupo atacou as refinarias de petróleo de Abqaiq e Khurais com 10 drones, a maior operação houthi no território saudita até hoje, segundo um porta-voz.
O príncipe herdeiro Mohammed bin Salman disse ao presidente dos EUA, Donald Trump, durante o telefonema neste sábado, que "o reino está disposto e capaz de enfrentar e lidar com essa agressão terrorista".
Os rebeldes houthis revindicaram os ataques.
Enquanto isso, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, culpou o Irã pelos recentes ataques de drones.