Alex Akwai, porta-voz do primeiro-ministro das Ilhas Salomão, Manasseh Sogavare, disse que o Comitê do governo fez uma pesquisa na segunda-feira (17) e 27 parlamentares votaram a favor da aproximação com Pequim, comunicou The Guardian.
Ele afirmou que, então, o Gabinete decidiu de forma unânime a favor da aproximação com os chineses.
Com a mudança, este é o sexto país que corta os laços com Taipé desde que a presidente Tsai Ing-wen assumiu em 2016.
A mudança tem um significado geopolítico que será sentido em Washington, porque as Ilhas Salomão estão localizadas diretamente entre a Austrália e os EUA e foram o local de batalhas ferozes durante a Segunda Guerra Mundial.
Reações dos 2 lados
A presidente taiwanesa Tsai Ing-wen comentou a decisão das Ilhas Salomão.
"Nós sinceramente lamentamos e condenamos fortemente a decisão governamental de estabelecer relações diplomáticas com a China", afirmou, citada pela mídia.
Por sua vez, a China afirma que a decisão das Ilhas Salomão é bem-vinda.
"O lado chinês altamente aprecia a decisão das Ilhas Salomão de [...] romper chamadas assim 'relações diplomáticas' com as autoridades taiwanesas", afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
Ilha autônoma
A ilha autônoma de Taiwan mantém relações formais com apenas 16 países, muitos deles nações pequenas da América Central e do Pacífico, incluindo Belize e Nauru.
A China reivindica Taiwan como parte de seu território e diz que a ilha não tem direito a laços formais com nenhuma nação.