Perguntado sobre os "azares" da sua Presidência, Michel Temer decidiu reforçar que "teve muito gosto" em ser presidente do Brasil, cargo que, segundo o próprio ex-presidente, nunca foi almejado por ele.
Em se tratando do impeachment de Dilma Rousseff, que presidiu o Brasil de 2011 a 2016, com primeiro e segundo mandatos ao lado de Michel Temer como vice-presidência da República, o substituto da ex-presidente ressaltou:
"Eu tive muito gosto em ser presidente da República. Eu não almejei jamais isso. De vez em quando, diziam 'Temer é golpista', e, aliás, ouvi uma breve referência de que eu teria apoiado a ideia do golpe [...] Eu jamais apoiei ou fiz empenho pelo golpe."
A palavra "golpe", ecoada pelo ex-presidente, para muitos internautas, seria uma confirmação que o impeachment contra Dilma Rousseff não passou de golpe, fazendo com que "golpe" entrasse nos temas mais comentados do Twitter nesta terça-feira (17).
Para a política Manuela d'Ávila, "Temer já reconheceu que foi golpe", postando o trecho da entrevista sobre o impeachment de Dilma Rousseff.
O deputado federal Helder Salomão (PT-ES) colocou Temer em segundo lugar na lista dos que já reconheceram que foi golpe, tendo sido a deputada federal Janaína Pascoal (PSL-SP) a primeira a reconhecer.
Para o jornalista George Marques, o reconhecimento de Temer é um "registro que ficará para a história".
O líder da bancada do PT e deputado federal Paulo Pimenta fez uma lista do que não haveria acontecido "sem o golpe".
Mas nem todo mundo pensa que Dilma Rousseff sofreu golpe.
Internauta lamentou que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, "lidera o grupo mais arrogante a ter governado o país desde a redemocratização".
O que Dilma Rousseff estaria escrevendo agora mesmo em seu diário? Internauta sugere ideia.
A palavra "golpe" já conseguiu reunir mais de 100 mil tweets em algumas horas, fazendo com que "Temer", com mais de 40 mil tweets, e a hashtag #golpe, com mais de mil tweets, entrassem para os assuntos mais comentados de hoje no Twitter.