Pentágono afirma que EUA não estão prontos para guerra híbrida com Rússia

Washington não está preparado para uma guerra "indireta e híbrida" com Moscou e pretende ajustar os planos para o desenvolvimento da defesa e de outros setores nesse sentido, disse o chefe do Pentágono, Mark Esper.
Sputnik

Na quarta-feira (18), durante uma conferência da Força Aérea dos EUA, o secretário de Defesa dos EUA comentou que a Rússia tem efetivamente demonstrado nos últimos anos que está conduzindo "guerras indiretas, híbridas e de zona cinzenta", citando como exemplo os acontecimentos na Crimeia e na Ucrânia, sem especificar o que queria dizer com isso.

"Isso sugere, creio eu, que eles [os russos] sabem que não querem e não podem nos confrontar em uma guerra convencional, e por isso estão buscando diferentes maneiras de nos desafiar, de competir estrategicamente em um nível inferior ao do conflito armado direto", declarou Esper.

"Esta é uma nova forma de guerra. Quero dizer, isso é em grande medida, no mínimo algo para o qual não estamos preparados e para o qual devemos nos preparar. Então, ao olharmos como preparamos nossos planos, nossos planos de campanha para esses diferentes cenários, estamos tentando chegar agora à competição estratégica abaixo desse nível", complementou.

'Guerra por procuração'

O secretário de Defesa americano ressaltou que isso se aplica não só aos militares, mas também a outras agências dos EUA, que devem "mudar essa situação estratégica, realizar campanhas de informação e assim por diante".

"Somos muito bons em operações militares, mas estamos entrando nessa zona cinzenta, quando nos afastamos do conflito habitual, e isso se torna um teste para nós", resumiu o chefe do Pentágono.

A "guerra indireta", ou "guerra por procuração", é um conflito onde os participantes diretos têm por trás jogadores maiores.

Pentágono afirma que EUA não estão prontos para guerra híbrida com Rússia

A Ucrânia e uma série de países ocidentais acreditam que Moscou está interferindo nos assuntos ucranianos e que é parte no conflito de Donbass. A Rússia nega esta afirmação e considera tais acusações inaceitáveis, afirmando repetidamente que não é parte no conflito interno da Ucrânia e que não está envolvida nos acontecimentos no sudeste do país, além de não apoiar as milícias e não enviar tropas para Donbass.

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