Em nota, o Ministério de Relações Exteriores do Brasil enfatizou que o país está "totalmente comprometido com o cumprimento de seus compromissos internacionais na área ambiental" e citou especificamente a obrigação assumida no Acordo de Paris.
Segundo o governo, o acordo é um dos "mais ambiciosos do mundo", pois planeja reduzir as emissões de gases de efeito estufa no Brasil em 37% em 2025 em comparação a 2005, com previsão de elevar essa meta para 43% no ano de 2030.
O Ministério de Relações Exteriores também observou que o Brasil fazia parte "construtiva" do processo de preparação da Cúpula de Ação Climática.
A pasta citou a apresentação de uma proposta de ações sobre resiliência de grupos urbanos vulneráveis, outra sobre a promoção de biocombustíveis no setor de transportes e outra sobre um projeto de baixo carbono na agricultura.
Além disso, representantes do governo tentaram esclarecer a ideia de que o Brasil foi banido da reunião pela ONU e que foi proibido intervir por causa de seu baixo compromisso com o meio ambiente.
"Os organizadores da Cúpula de Ação Climática estabeleceram que apenas os chefes de Estado e de governo podem falar durante o evento", observou a nota do ministério.
O presidente Jair Bolsonaro chegou a Nova York na tarde desta segunda-feira para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas na terça-feira, um movimento que foi interpretado como para justificar a falta de tempo para participar da cúpula climática.
A presença de Bolsonaro em Nova York era incerta até os últimos dias, porque o presidente está se recuperando da operação de uma hérnia realizada em 8 de setembro, de modo que sua agenda nos EUA se limitará ao essencial.