Em um esforço para impedir a entrada de petróleo em Cuba, os Estados Unidos impuseram novas sanções a quatro empresas e navios que transportam petróleo para a ilha.
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, afirmou que seu país seguirá trabalhando com Cuba. O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, por sua vez, disse que Washington está adotando uma política "brutal e genocida" ao reforçar o bloqueio à ilha e ao obstruir as suas importações de petróleo.
Nesta semana, dois navios pertencentes à PDVSA zarparam com destino a Cuba. Outros nove navios aguardam o carregamento de petróleo bruto e combustível para se dirigirem à ilha, relatou a agência de notícias.
As exportações da PDVSA com destino a Cuba no mês de setembro atingiram a média de 119 mil barris diários, um aumento significativo em relação aos 70.000 barris diários registrados em agosto.
Cuba enfrenta escassez de fornecedores de petróleo após a imposição de sanções por parte dos Estados Unidos a diversas companhias de transporte marítimo que mantinham vínculos com a ilha. Esse quadro fez com que houvesse uma redução da participação de todos os fornecedores no mercado cubano, à exceção da Venezuela.
Para transportar petróleo para Cuba, a PDVSA utiliza sua própria frota.
"Querem usar quase toda a frota da PDVSA. É uma estratégia para seguir exportando para Cuba, uma vez que os operadores de navios petroleiros não querem entrar nos portos venezuelanos por medo das sanções, ainda menos nos de Cuba", relatou uma das fontes.
A Venezuela iniciou o seu fornecimento de petróleo para Cuba em 2000, no marco de um acordo bilateral firmado pelos líderes à época, Fidel Castro e Hugo Chávez.
O suprimento de petróleo atingia uma média de 90.000 barris diários. Em 2016, no entanto, esse volume começa a cair, devido à queda na produção e às sanções econômicas impostas à Venezuela.