Comandante da Marinha iraniana anuncia 'mobilização naval'

O presidente iraniano, Hassan Rouhani propôs a formação de uma "Coalizão para a Esperança" no golfo Pérsico e no estreito de Ormuz.
Sputnik

A proposta foi apresentada durante a 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas e tem como objetivo proporcionar segurança regional; "paz, estabilidade, progresso e bem-estar", por meio exclusivamente dos países da região.

O comandante da Marinha do Corpo dos Guardiães da Revolução Islâmica (IRGC), Alireza Tangsiri, afirmou que o Irã está pronto para realizar uma "mobilização naval", enquanto prepara "os habitantes das áreas costeiras do sul para defender seu país" como primeira fase do plano anunciado.

Tangsiri revelou que aproximadamente 51 frotas participarão do plano, contando com 50 embarcações cada. Além disso, ressaltou que aproximadamente 17.000 navios e barcos serão preparados "como base para as próximas ações do plano", segundo a agência de notícias Mehr.

Comandante da Marinha iraniana anuncia 'mobilização naval'

Ele também afirmou que o Irã construiu 32 quebra-mares no golfo Pérsico, ressaltando que esse número deve subir para 200.

Uma das partes do plano relacionado aos habitantes do litoral sul tem como objetivo "garantir a segurança dessas regiões" através da "construção de casas e criação de empregos conforme o plano de mobilização naval".

Rouhani propôs a formação de uma Coalizão para a Esperança na região com todos os países atingidos pelos recentes acontecimentos.

Para isso, ele argumentou que a iniciativa inclui "diversos meios de cooperação", entre os quais, a "garantia coletiva de segurança energética, liberdade de navegação, livre comércio de petróleo e outros recursos no estreito de Ormuz e além".

A situação no golfo Pérsico permanece tensa depois de diversos petroleiros terem sido atacados em uma rota crucial para o transporte mundial de petróleo. Com isso, o Irã foi responsabilizado pelos EUA, tendo estes imposto sanções contra o país.

Em julho, Teerã apreendeu o petroleiro britânico Stena Impero no estreito de Ormuz devido a uma suposta violação dos direitos marítimos internacionais.

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