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PF realiza busca e apreensão na casa e no escritório do ex-PGR Janot

As ordens judiciais foram expedidas no âmbito da investigações de ofensas e ameaças contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Sputnik

A Polícia Federal (PF) realizou nesta sexta-feira operações de busca e apreensão na casa e no escritório do ex-procurador-geral da República (PGR) Rodrigo Janot, em Brasília.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou as medidas, após Janot afirmar, em entrevista, que, em 2017, foi armado ao STF com a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes e depois se suicidar.

Gilmar Mendes, ao tomar conhecimento das declarações, solicitou a Moraes, a suspensão do porte de arma de Janot e a proibição de sua entrada no STF.

Janot está lançando um livro, "Nada Menos que Tudo", no qual narra o ocorrido, sem citar o nome de Gilmar Mendes. O ex-PGR, entretanto, citou Mendes em entrevista à imprensa.

"Num dos momentos de dor aguda, de ira cega, botei uma pistola carregada na cintura e por muito pouco não descarreguei na cabeça de uma autoridade de língua ferina que, em meio àquela algaravia orquestrada pelos investigados, resolvera fazer graça com minha filha", escreve Janot no livro, citado pela Agência Brasil.

Em 2017, a imprensa divulgou que a filha de Janot, Letícia Ladeira Monteiro de Barros, defendia a empreiteira OAS, envolvida na Lava Jato, em processos no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O ex-PGR atribuiu a divulgação da informação a Mendes e, por isso, cogitou matá-lo, segundo o relato.

Rodrigo Janot foi procurador-geral da República por dois mandatos de dois anos, de 2013 a 2017.

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