Segundo o autor do artigo, foi esse armamento que o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, mencionou em uma recente entrevista quando se falou das armas que a Rússia dispõe para enfrentar os porta-aviões dos EUA. O ministro disse que Pentágono gasta o seu orçamento na criação de novos agrupamentos de porta-aviões, enquanto a Rússia tem como prioridade a criação de sistemas destinados a combater estes navios. Essa atitude é mais econômica e eficiente, sublinhou Shoigu.
Segundo o responsável da Defesa russa, entre todos os sistemas de mísseis antinavio desenvolvidos na Rússia desde a Guerra Fria, o Granit é a arma de maior alcance e com maior capacidade de causar danos aos porta-aviões.
O Granit é capaz de atingir alvos a uma distância de mais de 600 quilômetros, enquanto os agrupamentos de porta-navios dos EUA só podem defender uma zona com um raio de 550 quilômetros.
"O Granit atende a todas as exigências das armas russas destinadas a aplicar golpes contra porta-aviões", diz a matéria publicada.
Como escreve o autor da publicação, a ogiva do míssil pode ser substituída por uma unidade nuclear de até 500 quilotons em equivalente TNT, o que lhe permite alcançar grandes alvos na superfície na água.
Submarino nuclear Omsk
Em setembro, a Frota do Pacífico da Rússia realizou exercícios militares durante os quais foi realizado o lançamento de um míssil Granit a partir do submarino nuclear Omsk. O míssil alcançou o alvo com sucesso a uma distância de cerca de 350 quilômetros.
O submarino Omsk é apelado frequentemente de "assassino de porta-aviões". Segundo os especialistas militares, isso se deve ao fato de ser equipado com 24 mísseis de cruzeiro Granit. Cada um deles é capaz de afundar um grupo naval do adversário com um só um golpe.