Segundo o chefe do Comando Estratégico Operacional das Forças Armadas, almirante-em-chefe Remígio Ceballos, os aviões foram observados na costa central da Venezuela e em outras áreas nos últimos 30 dias.
Ceballos explicou, segundo publicado pela agência AP, que entre os aviões está uma aparelho militar de reconhecimento EP-3, que parecia estar realizando "exploração radioeletrônica" na costa do Atlântico, no extremo leste do país.
A denúncia ocorre num momento em que os Estados Unidos e outros países da região buscam aumentar a pressão sobre o presidente Nicolás Maduro para que ele deixe o poder, e assim novas eleições seriam convocadas. Mais de 50 países, incluindo os EUA, Brasil, Argentina e Colômbia, reconhecem o líder opositor Juan Guaidó como presidente legítimo da Venezuela.
Em janeiro, como chefe da Assembleia Nacional, de maioria opositora, Guaidó se autodeclarou presidente interino, argumentando que Maduro foi reeleito em maio de 2018 por meio de um processo fraudulento.
Sanções vem aumentando
Washington vem impondo uma série de sanções contra o governo venezuelano e seus colaboradores mais próximos, entre elas o congelamento de ativos de funcionários do estado e a proibição de que americanos façam negócios com o líder chavista e seu círculo próximo.
Além disso, os EUA e outros países da América Latina concordaram na semana passada em ativar o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), que, entre outras medidas, prevê o uso de força militar para lidar com a crise em nações que coloquem em risco a estabilidade continental. Países integrantes do tratado decidiram investigar pessoas e entidades ligadas ao governo venezuelano que, segundo o grupo, são suspeitos de lavagem de dinheiro e narcotráfico.