Cientista da NASA tem esperança em achar vida em Marte, mas vê despreparo da humanidade

A NASA e a Agência Espacial Europeia irão a Marte procurar vida no subsolo do Planeta Vermelho. A NASA acredita que as missões encontrarão evidência de vida extraterrestre. Mas a humanidade está preparada para conhecer novas formas de vida?
Sputnik

Em 2020, a NASA e a Agência Espacial Europeia irão enviar astromóveis para Marte, a fim de perfurar a superfície do planeta em busca de vida extraterrestre. Em recente entrevista ao jornal britânico The Sunday Telegraph, o cientista-chefe da NASA, Dr. Jim Green, disse que, pelo menos, uma delas poderá encontrar evidências da tão procurada vida fora da Terra.

Os astromóveis irão perfurar a superfície de Marte, em uma área na qual se acredita que há cerca de quatro bilhões de anos havia um oceano. Há evidências de que o Planeta Vermelho possa ter sido um dia tão azul quanto a Terra. Os astromóveis irão extrair amostras de material orgânico e, pela primeira vez na história, transportá-las para a Terra em tubos especiais.

De acordo com Green, onde há água, há vida. Portanto, amostras do antigo oceano de Marte podem trazer evidências de vida no Planeta Vermelho. Segundo o cientista, a descoberta será tão "revolucionária" quanto a de Copérnico e "irá originar novas formas de pensamento".

No entanto, o Dr. Green manifesta estar preocupado com as consequências do anúncio: "Eu não acho que estamos preparados para os resultados. Não estamos", alertou ele.

A missão acontece após a descoberta de provas geológicas de que existem reservatórios de água no subsolo de Marte. De acordo com cientistas, Marte poderia ter tido um grande oceano que, como resultado das mudanças climáticas, recuou para as profundezas do planeta: "Quando o meio ambiente fica muito extremo, a vida se desloca para dentro das rochas", explicou o cientista.

Vida extraterrestre

O Dr. Green, que trabalha na NASA há 38 anos, acredita que existe a possibilidade de haver pequenos organismos em outros planetas: "Não há motivos para acreditar que não existam civilizações em outros lugares, porque nós estamos encontrando exoplanetas em todo o lugar".

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A aposta do cientista é de que haja vida na lua de Saturno chamada Titã. "Se nós fossemos para algum lugar procurar vida distinta da nossa, deveríamos ir para Titã", propôs o cientista. “Em Titã você substitui o metano por água, então você terá um tipo diferente de vida, com uma nova estrutura química que comporia um novo tipo de DNA. Seria muito esquisito."

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