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Apoio do Exército na fiscalização ambiental é uma espécie de fake news, diz especialista

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitiu um ofício se queixando do apoio do Exército em operações de fiscalização ambiental.
Sputnik

Segundo o instituto, em pelo menos três ocasiões comandos militares que estavam em missão de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ambiental se recusaram a acompanhar operações sob a justificativa de que poderiam "acarretar destruição de bens".

Em entrevista à Sputnik Brasil, Denis Rivas, presidente da Ascema (Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente), explicou que a destruição de maquinário em operações do Ibama é autorizada pela legislação ambiental desde 1998.

"O decreto que regulamenta os crimes ambientais prevê que em situações extremas que esses fiscais enfrentam, de difícil acesso ou que a retirada dos equipamentos coloca em risco a segurança dos agentes de fiscalização, é prevista a destruição dos equipamentos", disse.

Segundo Denis Rivas, a destruição do maquinário é importante porque impede novos desmatamentos.

"O dano vai continuar ocorrendo assim que os servidores derem as costas. O que, na prática, cessa o dano é a destruição do equipamento e é isso que está previsto na legislação", afirmou.

No dia 23 de setembro o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto que autoriza uma operação de GLO, com o uso das Forças Armadas, para o combate a queimadas na Amazônia.

"O que a gente descobriu através desse ofício e dessas informações que estão chegando dos servidores da área de fiscalização é que esse apoio do exército às operações de fiscalização ambiental é uma espécie de fake news", classifica Denis Rivas.

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