O alto comandante militar iraniano enalteceu o sistema de dissuasão do país como um sistema que tem ajudado a manter os inimigos afastados e a compensar as pressões econômicas exercidas sobre a República Islâmica pelos EUA e seus aliados durante o ano passado.
Para provar seu ponto de vista, Hossein Salami, ao tomar a palavra em uma reunião do líder da Revolução Islâmica Ali Khamenei com comandantes seniores do IRGC na quarta-feira (2), salientou que Tel Aviv não é mais vista como uma ameaça devido a uma melhoria na capacidade de dissuasão do seu país.
"Qualquer nova guerra levará ao desaparecimento total deste regime da geografia política mundial", disse ele, acrescentando que Israel está bem ciente de que qualquer pequeno erro "será o seu último".
Ele também advertiu qualquer outro país da região contra "calcular mal" o poderio do Irã de qualquer das formas.
"Os regimes malvados da região também sabem que se calcularem mal o poder da Revolução [do Irã] e [tomarem] qualquer ação imprudente, rapidamente ficarão presos em um caminho incontrolável e irreversível de destruição", afirmou.
Estratégia de resistência
Hossein Salami também elogiou a "estratégia de resistência ativa" do Irã elaborada por Khamenei, acrescentando que ela permitiu que o país sobrevivesse à pressão econômica exercida pelos países ocidentais, promoveu a unidade nacional do Irã e deu crédito à dissuasão de Teerã além das fronteiras do país.
No início da segunda-feira (3), foi relatado que Hossein Salami teria dito em uma reunião bianual em Teerã para os comandantes do IRGC que o Irã tinha à sua disposição todos os meios necessários para eliminar Israel da face da terra.
Ele acrescentou que a destruição do inimigo do Irã não era mais apenas um "sonho", mas mais provavelmente um "objetivo alcançável".
Tensões entre Irã e EUA
As tensões entre o Irã e os EUA e seus aliados, incluindo Israel, têm aumentado recentemente, particularmente após os ataques de drones às instalações petrolíferas da Saudi Aramco em meados de setembro.
Embora o incidente tenha sido reivindicado pelos houthis do Iêmen, Washington e seus aliados atribuíram a culpa ao Irã, com este último descartando veementemente todas as alegações.