Crise no Peru: presidente quer usar eleições para contornar impasse com o Congresso

Neste sábado (5), o presidente do Peru, Martín Vizcarra declarou que espera as próximas eleições legislativas no país sirvam para superar a crise política na qual o país está imerso.
Sputnik

"Esperamos que, com nossa decisão [de dissolver a legislatura peruana] e com a eleição para o congresso iniciada em 26 de janeiro, possamos superar esse estágio de confronto e todos possamos colocar nossos esforços no que é realmente importante, o desenvolvimento sustentável de todos os peruanos", declarou Vizcarra durante o I Congresso Empresarial da Amazônia do Peru.

Na segunda-feira (30), o presidente Martín Vizcarra dissolveu o parlamento peruano depois que os parlamentares boicotaram suas intenções de mudar o procedimento através do qual os juízes são nomeados para o Tribunal Constitucional, a principal instituição que regula as disputas entre os poderes Executivo e Legislativo.

O impasse envolve também a intenção do Congresso de eleger vários novos juízes para o tribunal que eram aliados de Keiko Fujimori, a presidente do Congresso - atualmente presa e filha do ex-presidente, Alberto Fujimori. Keiko é acusada de corrupção em larga escala.

Vizcarra interpretou as intenções dos parlamentares como uma moção de desconfiança, dissolvendo o parlamento em seguida, que respondeu declarando-o temporariamente inapto para governar e nomeando o vice-presidente Mercedes Araoz como chefe de estado em exercício.

Araoz, no entanto, anunciou sua renúncia depois que os militares e a polícia peruanos prometeram sua lealdade a Vizcarra.

Na terça-feira (1º), o Júri Nacional de Eleições, um órgão autônomo que supervisiona o processo eleitoral do país, cancelou o pedido de Vizcarra para uma nova eleição para o Congresso da República do Peru.

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